22/03/2009

E Tudo Parou...

Às vezes sinto aquela necessidade tão grande de gritar com todas as minhas forças o que se apodera da minha alma e consome todo o meu ser, aquela brutalidade de sensações que pesam, rasgam e destroem o meu íntimo fazendo-me sentir uma inútil, sem razão consistente para continuar esta guerra contra a minha própria existência, pois, não consigo encontrar em todo o meu sistema, tosco, atrofiado e complicado, uma única razão que lhe dê sentido ou vontade de se manter vivo. Não há estabilidade, harmonia ou qualquer coisa que faça brotar a coragem de preexistir, de continuar a jornada em busca de extraordinárias emoções e sensações que valem por mil momentos de tristeza profunda.

O tempo não parou mas eu, eu continuo apenas a ver a vida a passar, a fugir-me por entre os dedos como o ar leve que passa despercebido num dia quente de Verão, a estagnação apoderou-se do meu dia-a-dia sem que eu me desse conta, nada me faz mover, perdi o lado sonhador que tinha, o lado carregado de fantasias entusiastas e levados aos extremismos fora do normal, um mundo de esperanças infindáveis mesmo depois de serem espezinhadas, feridas e despedaçadas, perdi aquele fascínio pelo amor com um toque de encanto doce e sensível, banhado por histórias mágicas, exóticas, irrealistas e incompreendidas mas, ao mesmo tempo, desejadas intensamente.

Já perdi a única coisa que pensava nunca perder, a crença num dia futuro melhor.

2 Comments:

At 8:19 da tarde, Anonymous Anónimo said...

amo-te miuda..

 
At 5:12 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Tens substãncia, sabes escolher as palavras e demonstras uma força de viver enorme que não consegues extrapolar por uma razao ou outra...se calhar precisas é de uma mão firme para te puxar...
Kisses

Ricardo Almeida

 

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