25/07/2007

Nunca...

Nunca me deste tanta importância enquanto estive aqui, ao pé de ti...

Sempre achaste que me ias ter para todo o sempre.

Sempre pensaste que por mais que nos zangássemos, ou por mais que nos magoássemos ficariamos juntos após uma breve reflexão acerca dos nossos actos.

Esperavas passar o resto da tua vida ao meu lado. E até sonhavas com isso, com a vida a dois que poderiamos ter num futuro próximo.

Sonhavas com tardes passadas na casa perto da praia que compraríamos. Sonhavas com passeios a beira mar e com belas noites, carregadas de amor e sentimentalismos exageradamente fortes e obcessivos.

Sonhavas com o partilhar de uma cama a dois, e com a criação de uma nova geração.

Tu tinhas a certeza de que erámos almas gémeas. Tinhamos tudo para dar certo, até partilhávamos dos mesmos sonhos, dos mesmos ideais, das mesmas realidades...

Consideráste-me como algo adquirido. Algo que te pertencia por direito e natureza.

E por isso, não me dava muita atenção nem muito do teu tempo. Pensavas que eu estaria sempre aqui acontecesse o que acontecesse...

Não me dizias palavras bonitas, não me fazias sentir única...



Mas estavas errado...



Sim, eu também pensava como tu. Mas ao contrário de ti, dedicava-me por completo à tua pessoa.

Não te tomava como "MEU" para sempre.

Fazia de tudo para passar mais tempos contigo. Fazia de tudo para tornar um pequeno instante, num grande momento.

Lutava não só pela tua felicidade, mas também pela minha.

Lutava pelos dois sabes.

Mas cansei-me... Cansei-me e fui embora...

Apesar de saber que pedaços do meu coração sentem a falta do teu cheiro, do teu toque, do teu olhar, das tuas escassas palavras, não me arrependo.

E agora muito menos. A tua face deixou de ter significado...

As palavras que me dizias, perderam-se no mais profundo esquecimento...

Nunca pensei sentir isto, mas tudo o que de ti restou foi a indiferença...

Já não preciso de ti. Já precisei um dia para viver. Mas agora não.

Nem agora e nem nunca mais...

22/07/2007

És simplesmente estranho...

És a pessoa mais estranha que conheço.
És algo impossível de alcançar.
Hoje estás bem. Amanhã já te encontras de rastos.
Tudo por causa daquela menina de quem tanto gostas.
Tudo por causa da rapariga que preenche os teus sonhos à noite e o teu pensamento durante o dia.
Perdes-te na imensidão daquele sorriso, sim daquele sorriso que te faz voar por breves momentos.
Quando a vês passar ao teu lado, a tua alma fica pálida e o teu coração tão timido.


És a pessoa mais estranha que conheço.
Que não compreende a verdadeira razão de eu estar sempre aqui a ouvir-te.
Quando estás feliz, ou quando te encontras de rastos.
Que não compreende o porquê da minha inteira dedicação à tua pessoa.
Que não consegue ver a realidade das coisas.
Que Por mais que me esforçe, serei sempre o ombro amigo e não mais do que isso.


És a pessoa mais estranha que conheço.
Pois quando te digo: "-Ela não te merece."
Tu respondes: "-Mas ela não tem que me merecer apenas amo-a."
Pois de cada vez que ela te faz chorar, limpas as lágrimas e repetes para ti mesmo que ela não o fez por mal.
Pois de cada vez que te deixa pendurado, tu próprio inventas a desculpa da sua ausência...


És a pessoa mais estranha que conheço.
Porque não percebes o quanto me magoas.
Porque não reparas na dor expressa nos meus olhos.
Não reparas na tristeza dos meus sorrisos.
Não consegues vêr o sentimento que te dou.


És a pessoa mais estranha que conheço, pelo simples facto de te amar e tu nem sequer perceberes atráves dos meus actos mais explícitos.
Porque eu também, de um momento para o outro mudo de humor.
Tudo por causa de ti que tanto gosto.
Tu que invades os meu sonhos à noite e o meu pensamento durante o dia.
Perco me na imensidão do teu sorriso, sim daquele sorriso que me faz voar por breves momentos.
Quanto te vejo a passar a minha alma fica pálida e o meu coração tímido.
Pois quando me dizes: "-Eu amo-a."
Eu tenho a necessidade de responder: "-E eu a ti."
Pois de cada vez que tu me fazes chorar, limpo as lágrimas e repito para mim mesma que tu não o fizeste por mal.
Pois de cada vez que me deixas pendurada, Eu própria invento a desculpa da tua ausência...
E quando todos os dias te oiço, só me apetece dizer: "-Pará, não me massacres mais."
Mas calo-me no mais profundo silêncio e murmúro para mim mesma: "- Não passas de um sonho para mim, tal como ela não passa de um sonho para ti..."