08/04/2008

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Já passam das 5 horas da manhã. Não consigo durmir. Sinto-me perdida no mar de pensamentos agoniantes que se instalaram na minha cabeça. Fechei os olhos devagar na esperança de acalmar a dor que consome a minha tão ingénua e frágil alma, mas de nada me serviu. Sinto-me a sufocar dentro do amor mais profundo e sentido que alguma vez tive, sinto que a coisa mais bela que trago dentro de mim aos poucos me foi cegando e tranformou-me numa pessoa egoísta.

Não gosto nada desta sensação, não gosto do facto de viver com inseguranças desmedidas, de passar dias inteiros a pensar na pessoa que mais quero no mundo e depois acabar agarrada na almofada com os olhos inchados, húmidos e vermelhos, com grandes dificuldades em respirar e com uma vontade tremenda de desaparecer!

Hoje, um vazio enorme apoderou-se de mim porque hoje, dia 8 de Abril de 2008 perdi-o. Quer dizer, como posso ter perdido uma coisa que nunca tive? Expressei-me mal, o que queria realmente dizer era que hoje, tudo mudou. Não o que eu sinto por ele, porque isso está muito longe de mudar, mas sim toda a situação que envolve este sentimento tão real e sentido.

Está a custar-me tanto escrever... Nem tenho forças para agarrar no lápis...

Sou tão idiota, mais uma vez cometi o erro de me apaixonar...

Porquê é que sou assim tão sensível e sentimentalista??

Porquê é que não consego ser como tantas outras?? De curtir e viver bohémiamente a minha juventudo sem sentimentalismos exagerados, sem sentimentos...

Porquê é que eu não sou capaz de fazer o que elas fazem??

Porquê é que tenho que gostar realmente da pessoa para a beijar??

Porquê é que não consigo ser imparcial aos sentimentos?!!!!

Aquela pessoa significa tanto para mim. Nunca fui capaz de lhe mostrar o quão é importante para mim porque tinha medo disto que está a acontecer agora... Pensei que ao não mostrar, se isto um dia acabasse, eu conseguiria dar a volta por cima mais fácilmente... Mas enganei-me... Talvez até me sinta pior por nunca o ter mostrado...

Lembro me premonorizadamente de cada momento que passei com ele... Lembro-me do primeiro dia em que o conheci no Cais-do-Sodré, da camisa vermelha e do seu olhar tímido por detrás das lentes dos óculos... Lembro-me do nervosinho que percorria as minhas pernas e das cólicas na minha barriga... Lembro-me do primeiro sorriso dele comigo, da primeira vez que me tocou na mão, do primeiro beijo, da primeira vez que disse "gosto de ti"... Lembro-me de tudo como se fosse hoje...

Adoro-o tanto que mal consigo pensar agora que estou nesta situação. E é por o adorar tanto que quero que ele seja a pessoa mais feliz do mundo, e é por adora-lo com todo o meu coração que desejo do fundo da minha alma, o seu bem.

Mas a felicidade dele não é ao meu lado por apenas eu gostar dele, mas sim ao lado da pessoa que lhe fará perder a respiração só de pensar nela... Ele só será feliz ao lado da pessoa que amar realmente em todos os momentos e de todas as maneira com todos os defeitos e todas as virtudes... Tenho sido uma egoíta de todo o tamanho, mas chegou a altura de abrir os olhos e deixa-lo seguir o seu caminho...


VOU ADORA-LO SEMPRE!
Mas só serei feliz se ele também o for...
E eu sei que comigo não o conseguirás ser pelo simples facto de nunca estarmos bem um com o outro...
SEMPRE TUA EM PENSAMENTO...

06/04/2008

O que eu não queria...

Hoje senti as tuas palavras pesadas, senti que cada letra carregava uma certa dureza desmedida e fria que me magoava profundamente, mas como sempre, perdi-me no silêncio da mágua que me atormenta a vontade de viver, que me corroe cada pedaço do meu ser e que agonia o meu peito de uma forma tão sufocante...


De um momento para o outro, senti que o "mistério encantado que pousava entre as nossas vidas" fora envenenado por mim. Senti uma vontade tremenda de chorar e de apagar aquele momento da minha vida para sempre. Sim, foi o maior erro da minha vida, sei que fiz uma "merda" muito grande e arrependo-me com todas as minhas forças, pois se o arrependimento matasse eu não estaria aqui a escrever este desabafo medíocre e imprestável. Tenho a perfeita consciência de que estar a escrever isto não me serve de nada, somente para tentar apaziguar a dor que se instalou aqui, bem dentro de mim, no amago da minha miserável vida. Mas sabem, o pior é que não apazigua nada, e eu sei que não me vai acalmar nada, mas esta é a única forma de eu me expressar por palavras o que realmente sinto.


Aquela mensagem dele fez-me perceber que mudou muita coisa. Que depois de eu lhe ter contado "a maior merda que fiz", ele mudou e que nada vai ser igual. Teve os seus apsectos positivos, mas com o passar dos dias apercebo-me de que os aspectos negativos estão em maoria e isso deixa-me tão triste e revoltada comigo mesma. Não gostei da forma como ele escreveu na mensagem porque me fez sentir a pior pessoa do mundo. A pessoa mais rasca e reles à face da terra. Senti-me julgada por ele... e era o que eu não queria sentir de todo...